Afonso Cláudio

"Entre vales, montanhas e campinas, um dia uma cidade despontou..." cheia de gente boa, trabalhadora e com vontade de vencer. Este é um espaço para divulgarmos as coisas que só acontecem aqui.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

AS CHEIAS DO NILO


Chuva, chuva, chuva... parece que ultimamente Afonso Cláudio só recebe notícias de chuvas. São chuvas que modificam o ritmo das festas, são chuvas que fazem buracos gigantescos nas estradas, chuvas que sujam as ruas de barro que depois viram poeira e poluem todos os ambientes e chuvas que transbordam rios, inundam casas, destroem lares.

De onde vem tanta água? Difícil saber, haja vista que todos os ambientalistas e mais alguns adeptos dizem que o Planeta está secando e a água potável está findando. Verdade, neste ponto sou de convir que a montoeira de água que quase fez desaparecer Afonso Cláudio este fim de semana não era nada potável. Aliás, ela veio acompanhada de um barro bem fedorento que ainda faz parte do cenário de alguns bairros, casas, utensílios, roupas, etc. Sem contar o que secou com o sol forte que nos assola e está virando poeira.

Realmente não consigo compreender como os Egípcios se dava bem com as cheias do Nilo e ainda aproveitavam esse barro remanescente de enchentes para cultivo e se sustentarem pelo período seguinte às fortes chuvas.

Junto com a evolução do ser humano (de lá para cá ‘evoluiu-se’ bastante), evoluiu-se também a sua capacidade de aceitação de certas circunstâncias naturais, pois naquela época, o homem não aceitava construir suas casas praticamente dentro do leito do rio, pois precisava deixar um espaço para que as águas das chuvas escorressem. O homem também não aceitava desmatar todas as árvores das matas ciliares para construir as cidades e aceitava o convívio pacífico entre homens e árvores.

É, a evolução do homem desde a época do cultivo riquíssimo das margens do Nilo foi muito grande, mas em certas situações acho que este homem ‘evoluído’ poderia voltar-se a seus ancestrais e fazer uma revisão de seu modo de ser e agir, propondo uma nova maneira de conviver consigo mesmo e com o seu meio.

Um comentário:

  1. Clarice Lispector perguntou ao Millôr Fernades: "E, em matéria de vida, de maneira de viver, você sente um progresso que vem da experiência?"

    Ele disse: "Acho que sim. Mas será que os outros acham? Nada me surpreende mais, por exemplo, do que ouvir dizer que sou agressivo. Porque eu me sinto a flor da ternura humana. Mas será que sou? De qualquer forma, há dentro da minha mais profunda consciência a certeza de que o gênio do ser humano está na bondade. Isso eu procuro."

    Acredito que o homem criou muita coisa cheio de 'boas intenções', mas em nome do progresso e da evolução, muita coisa foi criada desordenadamente e agora ele está sofrendo as consequências disso...

    Também acredito que esse mundo ainda tem jeito, é só a humanidade deixar sobressair a 'bondade genial' que há dentro de cada pessoa.

    Um abraço querido e genial
    BJs

    ResponderExcluir