Afonso Cláudio

"Entre vales, montanhas e campinas, um dia uma cidade despontou..." cheia de gente boa, trabalhadora e com vontade de vencer. Este é um espaço para divulgarmos as coisas que só acontecem aqui.

domingo, 27 de dezembro de 2009

AFONSO CLÁUDIO TEM CULTURA SIM


A arte de escrever é mesmo bastante peculiar e encanta os amantes das palavras, tanto os que as escrevem, quanto aqueles que se deliciam apenas com sua boa leitura.

Particularmente, sou uma daquelas pessoas que se encanta com as palavras bem arranjadas, organizadas num contexto e que transformam-se em informações, relatos e, ainda, um belo texto simplesmente destinado ao entretenimento.

Quando fui convidada para escrever nesta coluna pelo diretor do Jornal, fiquei imensamente feliz e as ideias começaram a brotar na minha mente, tal como as plantinhas em solo fértil após uma bela chuva de primavera. Surgiram então temas variados, histórias vivenciadas nesta cidade e manifestações singelas de nossa cultura, que muitas vezes passam despercebidas à maioria de nós, as quais terei o privilégio de retratar do meu modo singular e, em dados momentos numa linha cômica e leve, como devem ser as crônicas do dia-a-dia.

Entretanto, preciso confessar a vocês meus futuros leitores, que iniciei este texto, no mínimo, umas cinco vezes. Escrevi, reescrevi, risquei, rabisquei, troquei uma palavra por outra, levei minhas ideias iniciais à apreciação de minha redatora (pois é, tenho uma!), e nada... Parecia que não estava de acordo, não era nada daquilo que queria escrever em minha primeira crônica neste Jornal.

A verdade é que não quero iniciar esta história logo com um tema específico. Quero despertar em vocês leitores do “Cidade” o interesse para a próxima edição e para o espaço desta coluna que fala sobre a cultura de Afonso Cláudio.

Através das crônicas que escreverei para vocês, mostrarei que Afonso Cláudio tem cultura. Uma cultura rica, ao mesmo tempo em que singular, uma cultura que vem se formando ao longo de mais de um século de existência, por meio das experiências humanas compreendidas nos costumes, conhecimentos e instituições, adquiridas por nós, cidadãos afonsoclaudenses, nos nossos diversos contatos sociais, individuais e coletivos.

Sim, Afonso Cláudio tem cultura sim! Vamos falar dela e de muitos outros assuntos, a cada edição um pouquinho mais, evidenciando o que temos de melhor – a nossa história – o nosso desenvolvimento intelectual e o nosso saber.


Primeira crônica publicada no Jornal Cidade em Dezembro de 2009.


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

AS CHEIAS DO NILO


Chuva, chuva, chuva... parece que ultimamente Afonso Cláudio só recebe notícias de chuvas. São chuvas que modificam o ritmo das festas, são chuvas que fazem buracos gigantescos nas estradas, chuvas que sujam as ruas de barro que depois viram poeira e poluem todos os ambientes e chuvas que transbordam rios, inundam casas, destroem lares.

De onde vem tanta água? Difícil saber, haja vista que todos os ambientalistas e mais alguns adeptos dizem que o Planeta está secando e a água potável está findando. Verdade, neste ponto sou de convir que a montoeira de água que quase fez desaparecer Afonso Cláudio este fim de semana não era nada potável. Aliás, ela veio acompanhada de um barro bem fedorento que ainda faz parte do cenário de alguns bairros, casas, utensílios, roupas, etc. Sem contar o que secou com o sol forte que nos assola e está virando poeira.

Realmente não consigo compreender como os Egípcios se dava bem com as cheias do Nilo e ainda aproveitavam esse barro remanescente de enchentes para cultivo e se sustentarem pelo período seguinte às fortes chuvas.

Junto com a evolução do ser humano (de lá para cá ‘evoluiu-se’ bastante), evoluiu-se também a sua capacidade de aceitação de certas circunstâncias naturais, pois naquela época, o homem não aceitava construir suas casas praticamente dentro do leito do rio, pois precisava deixar um espaço para que as águas das chuvas escorressem. O homem também não aceitava desmatar todas as árvores das matas ciliares para construir as cidades e aceitava o convívio pacífico entre homens e árvores.

É, a evolução do homem desde a época do cultivo riquíssimo das margens do Nilo foi muito grande, mas em certas situações acho que este homem ‘evoluído’ poderia voltar-se a seus ancestrais e fazer uma revisão de seu modo de ser e agir, propondo uma nova maneira de conviver consigo mesmo e com o seu meio.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

FESTA DE EXPOSIÇÃO E CHUVA


O Espírito Santo vem sofrendo há vários dias com as chuvas constantes em todo o seu território. Com isso foram diversos os eventos culturais, sociais e demais, cancelados devido a grande quantidade de água, barro, falta de infraestrutura, visão, etc e etc.

Afonso Cláudio também teve um evento no meio dessa chuvarada, mas, como o povo daqui é tinhoso, este não foi cancelado. A XXV Exposição Agropecuária de Afonso Cláudio foi, no mínimo, excêntrica, tamanha foi a quantidade de água, o barro e a indumentária que o povo arrumou para fazer parte da festa, curtir, sem se espatifar por aquele chão liso e melequento.

Não sei quem deu o “pontapé” inicial, ou quem teve a brilhante ideia primeiro, só sei que foi tipo efeito dominó, um iniciou e o resto da galera foi atrás. Sei também que se eu falar ninguém vai acreditar, mas quando minha vizinha me disse que o Parque de Exposições estava igual vargem que a gente prepara para plantar arroz eu, deitadinha na minha cama, louca para ver Teodoro e Sampaio cantando o “Pitoco”, bem que tive a ideia, mas ficou só na ideia.

Entretanto, na sexta-feira, dia de abertura oficial da festa, quando fui à loja de defensivos agrícolas do “Edjás” comprar a ração mensal do Hulligan e vi aquela galera revirando a loja, eu lembrei-me de meu inocente pensamento da noite anterior e voltei a me animar, entrei na dança e comprei outras coisitas além da ração do meu pit-bul.

Resumindo: o povo Afonsoclaudense é, além de excêntrico, criativo e muito animado, pois curtiu a festa em toda a sua plenitude, ouviu Teodoro e Sampaio, Zé Henrique e Gabriel, Ataíde e Alexandre e muitos outros shows de capa de chuva e BOTA SETE LEGUAS. E olha que quem não foi calçado com as suas (por vergonha ou porque não achou mais para comprar mesmo) se arrependeu, porque além de estragar saltos e solados de sapatos convencionais, não pode ter acesso a todos os espaços alagados do parque e deslizou como em um chão ensaboado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

RECONTANDO AS MILONGAS DE UM POVO


Afonso Cláudio vivenciou mais uma noite Cultural nesta quarta-feira (21), onde a sociedade reuniu-se no Centro Cultural José Ribeiro Tristão para prestigiar o lançamento de dois livros que falam sobre a História de nosso lugar.

O livro “Buscando a tradição de um povo”, de Stella Haddad de Souza é uma coletânea de contos que retratam o surgimento de uma cidade e seu povo de forma poética, de forma que o mesmo adquiriu, ainda, a característica de um livro de memórias, onde a autora colocou-se através do tempo resgatando fases da sua infância e juventude vividas nesta terrinha.

Já a obra “Afonso Cláudio, cronologia da sua história política, administrativa e cultural”, de José Eugênio Vieira, além de falar desta cidade, nas palavras do próprio autor, “contribui com mais uma parte de sua história perdida, através do desaparecimento natural das pessoas e boa parte dos arquivos públicos”.

Este segundo trata-se de um livro histórico, destinado também às pesquisas e registros deste povo e de sua cultura tão peculiar.

Para agraciar estes dois filhos da terra que dedicaram seu tempo a escreverem livros tão especiais, Afonso Cláudio recebeu, de braços abertos, nada mais, nada menos que o Governador Paulo Hartung e sua comitiva.

O Centro Cultural estava lindíssimo, com dois enormes Ipês Amarelos no palco, ornamentado por Paulo Falqueto, além do show de luzes e o som harmonioso do Coral de Vozes da Arcelor Mittal.

Após as falas das autoridades presentes, o povo afonsoclaudense que ali estava pode deliciar-se com um coquetel ouvindo o Grupo Musical “Pra ficar na saudade”, formado por cantoras capixabas e reunidas no evento para abrilhantar ainda mais a nossa noite, enquanto aguardávamos os autores fazerem a dedicatória em seus livros. Vale ressaltar que a renda obtida com a venda dos livros foi toda revertida para o Hospital São Vicente de Paula e para o Asilo Ninho do Amor.

Vejam só, além de confraternizarmos em alto estilo entre amigos, ouvirmos boa música e saborearmos um excelente coquetel, ainda fizemos caridade.

Afonso Cláudio também tem dessas coisas! (... e que coisas boas!!!)

domingo, 4 de outubro de 2009

EMPOÇADO


Afonso Cláudio possui lugares incríveis para visitarmos e nos deliciarmos com as belezas da natureza. São diversas cachoeiras, cadeias de montanhas, pedras para escalada, trilhas para serem percorridas a pé ou de moto e locais fantásticos para caminhadas.

Particularmente, frequento o Empoçado para realizar minhas caminhadas. O Empoçado constitui-se de uma formação montanhosa pertencente a Serra do Castelo, que possui diversas pedras com formatos diferentes. São inúmeras as formações geológicas de pedras formadas ao longo do tempo e uma das maiores altitudes da Serra do Castelo. A Cordilheira forma um paredão de pedras e matas muito preservadas.

Entretanto, existe algo de mágico naquele lugar. Algo que transcende a compreensão singular do indivíduo.

Todas as vezes que percorro os 6km da volta do Empoçado, uma fantástica força toma conta de todo o meu ser, como se energizasse o meu corpo e a minha alma. É uma energia que irradia, talvez do solo, talvez do ar, talvez das pedras, que é possível de sentir como se fosse palpável.

O vento que sopra no Empoçado é quente e úmido, enchendo meus pulmões com um aroma doce como o do mel. A luz do dia parece brincar com meus olhos. Se olho para o nascente, vejo o crepúsculo se aproximando; se olho para o poente, vejo os últimos raios dourados do sol teimando em deixar de iluminar aquela terra mágica.

Neste sábado (03), o espetáculo foi ainda mais surpreendente. Além do crepúsculo brigando com as luzes do fim de tarde, havia uma delicada chuva que caía sobre mim, como que fazendo carinho sobre minha pele. Não era uma chuva torrencial, ou sequer mais forte, eram apenas pequenas gotinhas de água que despencavam de algum lugar no céu e que, se eu quisesse brincar com elas, me desviaria facilmente de algumas, sendo pega apenas por outras poucas, num delioso jogo de pega-pega com a chuva.

As gotas de chuva iam molhado o chão e fazendo subir aquele cheiro característico e delicioso da chuva molhando a terra; fazendo os passarinhos cantarem ainda mais forte pela alegria do presente que recebiam. As árvores e as flores do campo também agradeciam o banho energizador da chuva.

Ao olhar para o céu, já alcançando o último quarto da caminhada, de cima de um tope de morro, observei com mais detalhes a beleza daquele lugar numa típica tarde de primavera: em alguns pontos um céu azul de brigadeiro, em outros nuvens num matiz de cinza, que iam do mais claro até o tom pesado de chumbo e, no extremo do poente, um matiz de dourados, laranja, rosa, lilás e todas as cores que compõem o mais belo por do sol do Empoçado.

“Simples assim”: mais uma bênção de Deus, à disposição daqueles que possuem a sensibilidade de perceberem seus presentes nas coisas mais singelas da vida.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

TEMPERANÇA


Afonso Cláudio é uma típica cidadezinha do interior do Espírito Santo: bucólica, com belas paisagens, gente trabalhadora, um tanto pacata, com pouco movimento cultural, algumas festas, futebol de várzea, voltas na pracinha no sábado à noite, missas, quermesses, etc.

Entretanto, Afonso Cláudio possui um espaço privilegiado para o fomento da cultura, o Centro Cultural José Ribeiro Tristão. É um espaço construído pelo Grupo Tristão, filhos da terra, com amplo palco e auditório, normalmente utilizado como teatro.

Neste espaço são realizados Festivais de Teatro que lotam seu auditório, além de Formaturas e outros eventos sociais e culturais da cidade.

No último sábado (26), o Centro Cultural José Ribeiro Tristão recebeu a fabulosa Cia de Dança Mítzi Marzzuti, com o espetáculo Temperança que passeou no palco com seus 07 bailarinos por vários excessos presentes no dia a dia do ser humano, drogas, sexo, prazerem em doses exageradas e enraizado nessa destemperança, cai no vazio profundo da alma e na dolorosa necessidade de buscar respostas e soluções nos mais diversos caminhos ao encontro do Deus interior.

Foi fantástico assistir ao espetáculo, aos bailarinos tão disciplinados, as coreografias compassadas, os gestos, os olhares, a música o ambiente. O clima cultural invadia o ambiente e tomava conta de todos os espaços. Percebi que compreender um espetáculo de dança não é tão fácil como compreender a mensagem de um espetáculo de teatro. É necessário uma concentração maior, maior esforço do intelecto, maior percepção dos detalhes, dos pequenos gestos que podem contar um trecho da história que se for perdido pode comprometer todo o contexto.

Entretanto algo me deixou profundamente triste naquele cenário. Num espaço que acomoda confortavelmente 400 pessoas, não encontravam-se mais que 30 delas. Ou seja, eu e outros cerca de 20 gatos pingados assistiram à beleza apresentada pela Cia de Dança Mítzi Marzzuti no palco do Centro Cultural José Ribeiro Tristão.

Uma pena profunda tomou conta da minha alma quando cheguei correndo, porque julgava-me atrasada, e notei que a escassez de carros no estacionamento significava que poucos cidadãos afonsoclaudeses se dignaram a sair de suas casas naquela belíssima noite de sábado para absorverem um pouco mais de cultura, tão escassa em nosso ambiente interiorano.

Não pude deixar de pensar no pesar dos artistas e da Diretora Mítzi, mulher de fibra e batalhadora da dança no estado do Espírito Santo. Como deve ser difícil ensaiar exaustivamente um espetáculo tão belo como o Temperança e subir ao palco para a apresentação para uma platéia repleta de cadeiras vazias com poucos, mas muito compenetrados, expectadores.

Fazer o que? Numa cidade onde as pessoas vivem reclamando que quase não se tem onde ir e o que fazer, um espetáculo de tão alto gabarito voltou para a capital sendo visto por cerca de 50 cidadãos.

Eu fui. Adorei. Levei minha filha adolescente para que ela também aprenda a gostar de cultura, teatro, dança e os demais prazeres que a vida proporciona. Estou fazendo minha parte, e não me arrependo. Espero que da próxima vez as pessoas possam participar e apreciar um espetáculo que nos mostrou a importância de mudarmos alguns valores do nosso EU.

domingo, 23 de agosto de 2009

TRÂNSITO


Semana passada conversava com uma amiga de São Paulo, onde eu ressaltava as belezas da minha cidade e ela, entusiasmada, falava sobre como deve ser maravilhoso morar numa cidade pequena e sem trânsito.


No momento eu apenas consegui rir... depois expliquei para ela que as coisas não são bem assim...


Coincidência ou não, quatro dias depois eu demorei 25 minutos para chegar em casa na hora do almoço [detalhe: eu moro a apenas 3km do meu trabalho]. É que os tatus ainda estão tomando conta da minha pequena e bucólica cidadezinha do interior... E o pior é que agora eles estão cavucando o centro da cidade, o que leva o trânsito [já suficientemente complicado por si só] a ficar insuportável a qualquer hora do dia, mas em especial no horário de almoço, onde as pessoas [ainda] vão almoçar em casa ["que gracinha", palavras da minha amiga], os ônibus de transporte de estudantes param no meio da rua para os alunos embarcarem, motoristas em seus fusquinhas vermelhos também param no meio da rua para conversar com as pessoas; e... não existe nenhum guarda de trânsito.


Tudo isso me fez refletir em outra direção [claro, o trânsito me impedia de ir na direção habitual], será realmente necessário tanto carro, moto, ônibus, vans, caminhões e demais veículos numa cidade com pouco mais de 30mil habitantes? Será que as mudanças necessárias nas grandes cidades para melhorar o trânsito não são necessárias também em Afonso Cláudio? E ainda mais preocupante: onde vamos parar "crescendo" desta forma desmedida, no que diz respeito ao consumo de recursos naturais, à poluição sonora e do ar, ao consumismo, à geração de insumos, ao sedentarismo, ao stress provocado por situações como esta?



segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Buracos


Todas as cidades que conheço têm buracos. Alguns buracos são causados pelas fortes chuvas, outros por carros muito pesados que passam pelas ruas afundando o calçamento (ou asfalto), buracos causados por vazamentos de água das companhias de abastecimento, e ainda aqueles buracos causados por moradores que reformam sua rede de esgoto e furam toda a rua para ligarem o cano de suas casas à rede que está do outro lado da rua.

Só que em Afonso Cláudio aconteceu algo inusitado. A cidade, de alguns meses para cá foi invadida por um bando (seria esse o coletivo) de tatus. Isso mesmo, tatus. E eles estão perfurando toda a cidade, de cabo a rabo, fazendo buracos de todos os tamanhos e espessuras; nas ruas, nas calçadas, nos acostamentos, em todos os lugares que queremos e precisamos passar, lá estão eles empenhados e compenetrados no seu trabalho de furar a cidade.

Não pensem que nós humildes moradores desta bucólica cidade até então com "poucos" buracos já não nos propusemos a nos revoltar contra os tatus, mas é que eles, reunidos em sindicado bem organizado, nos disseram que os buracos que eles estão fazendo são para um bem futuro maior, pois eles pretendem retirar de nosso mais que poluído Rio Guandu os esgotos domésticos e industriais.

Mas num é que esses tatus são inteligentes, estão cavando buracos estratégicos, para que possamos transportar nossa rede de esgoto para fora do Rio, numa região inóspita, onde este será tratado e, posteriormente devolvido ao Rio.

Até que me teria por convencida com esta justificativa, não fosse o fato de nossa cidade possuir um terreno geograficamente extremamente acidentado e, por mais que eu me esforce, não consigo ver os dejetos humanos e industriais subindo morros, dobrando esquinas, desviando-se de pedreiras, enfrentando barreiras naturais e humanas até chegar no "pinicão".

Bom, se vai dar certo esta empreitada dos tatus de Afonso Cláudio eu bem que não sei, mas que eles tão causando uma confusão danada nesta cidade, há isso estão sim! Logo aqui, que tem dia que parece que tem mais carro que gente; que tem senhores com mais de 70 anos de idade que insistem em tirar seus fusquinhas da garagem e andar pela rua em segunda marcha, há 20km por hora, com o braço pelo lado de fora da janela e ainda acharem que são exímios motoristas; que tem mais entregadores de moto que estabelececimentos comerciais que os contrate; que não tem um semáforo e... pasmem, nenhum, repito NENHUM guarda de trânsito, nem mesmo um cornuto como o Sr Abel da novela das 8; nem um apenas para apitar pelas ruas e nos fazer prestar mais atenção no trânsito...

É, num tá fácil não e prometo que se esses tatus não cumprirem com o que disseram que fariam, não vou dar atenção para o IBAMA, IEMA e sei lá mais qual órgão governamental que protege os animais silvestres, e vou comprar um veneno potentíssimo numa dessas lojas de defensivos agrícolas que tem aos montes aqui e vou exterminar todos, até não restar nenhum tatu, apenas os buracos deixados por eles...

E olha que ainda nem começou a temporada de chuvas ein?!?!?!?!